Bio

Compositor, cantor, arranjador e produtor nascido em Araraquara, interior de São Paulo. Ainda criança, começou a tocar violão e vários outros instrumentos até compor suas primeiras canções, aos 13 anos de idade. Perambulando entre rodas de sambistas e roqueiros pelas ruas de sua cidade natal, cresceu auto-didata até ir estudar no Conservatório de Tatuí e mudar-se para a capital, onde se graduou em Música (FASM), estudou composição com Arrigo Barnabé e mora há pouco mais de dez anos.

Aos 30 anos, já se apresentou ao lado de nomes consagrados da MPB, como Elza Soares e Paulo Moura, teve arranjos gravados por grandes sambistas, como Monarco, Wilson Moreira, Délcio Carvalho, Dona Ináh e Fabiana Cozza, e ganhou prêmios em importantes festivais nacionais, como FAMPOP e Semana da Canção Brasileira. Em 2011, Caê foi premiado com a Gafieira São Paulo no 22ª Prêmio da Música Brasileira, como melhor álbum de samba de 2011, no qual atuou como compositor, cantor, arranjador e diretor musical.

Agora, em junho de 2012, Caê Rolfsen lança seu primeiro trabalho solo como compositor, o álbum “Estação Sé” (independente, Tratore). Nele, reúne músicos como Nailor Proveta, Bob Suetholz, Thiago França, Marcelo Cabral e Conrado Goys, com quem divide a produção musical das nove faixas do disco, entre outros.

Com referências na música ibérica, africana e latina-americana, as canções de “Estação Sé” conduzem a atmosferas de sonho e usam o momento da iminência do despertar como uma ponte entre o tempo real e o tempo imaginário, com ritmos que vão do samba-rural da surrealista “Terra em trânsito” à valsa brasileira de “Flores Azuis”. O disco percorre ainda ijexá, chula, xote, reggae, carimbó.

Influenciado pela música cinematográfica de autores contemporâneos como Tony Gatlif, Shinichiro Ikebe e Gustavo Santaolalla, o álbum destaca-se por arranjos polifônicos que levam as canções a um lugar sonoro de lirismo melódico e repleto de texturas, lembrando, em alguns momentos, uma trilha sonora. Conjugando música de câmara, melodias arabescas e instrumentos populares sul-americanos, como o ronrocco e os tambores Alegro e Llamador, “Estação Sé” experimenta uma sonoridade até então pouco visitada pela música brasileira.

 

Leia a Entrevista com Caê Rolfsen.